terça-feira, 9 de julho de 2013

Corrida e Yoga por Ryan Allen

MAIS UM EXCELENTE TEXTO DO SITE DA PROFESSORA: Ana Luisa Matsubara

Os monges japoneses que vivem nas montanhas Hiei, chamados de monges da maratona, encontraram uma forma única de buscar a iluminação. Durante sete anos o gyoja (atleta espiritual) completa uma árdua jornada de 1000 dias onde faz diariamente 52.2 milhas (o dobro de uma maratona).


Nesse ínterim ele sobrevive em dieta vegetariana e dorme minutos apenas usando a técnica de dormir correndo ao relaxar determinados músculos apenas. Ele se veste com um manto banco, chapéu, sandálias trancadas, e uma corda atada à cintura com uma pequena faca atrelada à mesma. Esses dois últimos objetos são para lembrar o gyoja que caso ele falhe nessa meta ele deve ou enforcar-se ou cometer harikiri (suicídio ao inserir a faca em seu plexo solar).
 
Essa rotina pede intensa meta meditativa e desafio da morte pela fome. Desde 1885, 46 gyojas completaram suas metas e desde o século 19 não se notou mais insucessos entre esses monges.
Tipicamente, os riscos que acompanham as metas de iluminação levam a conseqüências menos graves. Alguns se tornam para a meditação, orações, natureza, apaixonam-se, os caminhos são variados assim como aqueles que caminham para, ou correm para essa busca espiritual.

Correr já se tornou uma atividade que carrega o estigma de levar a lesões. O impacto repetitivo nos pés nas superfícies causa compressão nos tornozelos, joelhos, quadris e parte baixa das costas. Falta de equilíbrio entre os maiores músculos utilizado também são responsáveis por essas lesões; principalmente canelas inflamadas e a síndrome da banda ílio tibial. Através do tempo os atletas de elite acabam caindo nos grupos de esportistas machucados em seus tendões, tecidos conectivos. O sistema imunológico também acaba sendo afetado. Na esperança de frear essas conseqüências muitos atletas em Los Angeles estão optando por uma pratica de yoga.
Treinando a corrida com a Yoga
O Instituto Internacional de Medicina Esportiva no oeste de Los Angeles serve de centro de treinamento para muitos atletas de 1ª linha. Brigita Langerholc que ganhou o 4º lugar nos 800 metros nas olimpíadas de Sydney em 2000 incorporou yoga na rotina dela de treinos a mais de 6 anos.” Como atleta eu sempre soube muito sobre alongamento, mas quando entrei para a yoga percebi  que havia muito mais a ser compreendido”. Embora tenha melhorado a flexibilidade dela, o ganho maior foram s técnicas de relaxamento e a elevação de consciência na respiração e seu papel.

Dr. Christopher Vincent e um dos treinadores desse centro e um medico residente especializado em medicina esportiva. Os corredores de longas distancias tendem a criar tensões enormes na área do peito, ombros, e parte alta do pescoço; bem como fraqueza nos tornozelos e quadris. O foco no fortalecimento dos pés com a yoga é muito bem vindo a esses corredores. Quando os médicos do centro são avisados que se trata de pacientes corredores a 1ª coisa a ser vista são seus pés e a forma como se posicionam e trabalham nas posturas.
 
Dr. Vincent também salienta que a yoga ajuda esses atletas a trabalharem seu centro de forca uma vez que acabam usando apenas os músculos maiores enquanto os estabilizadores (tendões, ligamentos, e músculos menores) são negligenciados. Através da yoga o equilíbrio e para a coordenação são desenvolvidas.

Dottie Candler é uma das instrutoras dos corredores no centro. Ela foi uma das 1as professoras a certificar-se pelo método Bikram e uma das professoras sênior desse método antes de iniciar seus estudos com Ana Forrest. As classes de Candler dão ênfase no que conquistou com o conhecimento de seus professores anteriores e trabalha alongamento e forca com especial atenção ao centro abdominal de forca.
 
Candler coloca esses corredores em postura de Virabadrasana (guerreiros) para abrir seus quadris e também adhomuka svanasana (cachorro boca abaixo) para alongar os músculos posteriores das coxas. Mas aulas dela ajustes são dados especificamente para corredores, por exemplo: elevar o dedão do pe nas posturas de Virabhadrasana I e I, para tirar a pressão do joelho flexionado. Candlre ainda lamenta que alguns atletas ainda vêem a yoga como uma forma de reequilibrar os músculos apenas e não como são abrangentes os temas da respiração, forca, equilíbrio.

Uma pratica de pranayamas ajuda a aumentar a capacidade dos pulmões que ira beneficiar a desempenho dos atletas. Embora hoje os atletas sejam instruídos a respirar pelos seus narizes (na passada eram instruídos a respirar pela boca), na pratica muitas vezes faz-se necessário inspirar pela boca e exalar pela boca enquanto se resfriam.
 
Inalar pelo nariz ajuda a reconquistar o controle da respiração enquanto exalar pela boca ajuda na expulsão de mais CO2 deixando o corpo não reter esse excesso de CO2. A pratica de yoga prescreve essas técnicas: respiração nasal durante a pratica e respiração shitali para resfriar o corpo; aqui você curva a sua língua e respira par dentro e para fora.
Muitos corredores e tri-atletas de Los Angeles são atraídos for Yoga e Spinning em Venice por causa dos aspectos de cross-trainning com a yoga. Kimberly Fowler, que administra e o proprietário do estúdio e um profissional tri-atleta que se voltou ao yoga para cuidar de uma lesão no quadril e encurtamento dos músculos posteriores das pernas e psoas. Ela menciona que o yoga leva os atletas a adquirirem ciência de seus desequilíbrios e tabalharem a partir daí.
 
As aulas dela levam os alunos a abrirem seus quadris com posturas que flexibilizam os flexores de quadris e levam os joelhos a subirem mais e darem mais passadas longas. La também instrui alunos a desenvolver forca abdominal para proteger suas lombares nas flexões para frente, o savasana relaxa e acalma o ssitema todo nervoso e a mente. Fowler menciona uma assiduidade de 3 vezes na semana  e muita permanência na postura preparatória do eka pada rajakapotanasana, chamada de iguana.

Em marco 20 mil corredores de Los Angeles irão participar da maratona em LA e com suporte da área da comunidade do yoga. Também é oferecido aulas semanais para corredores pela Heidi Skvarna.O foco nas aulas e criar essa ferramenta da yoga para corredores e mencionar aos estudantes que podem colocar uma intenção nas suas praticas e que podem estender essa intenção nas suas corridas para tirarem o foco das dores e desconfortos. E, trazendo a atenção à respiração Skvarna propõe a seus estudantes uma forma de ficarem conectados com a sua pratica, sua corrida, caminhadas, quotidiano e relaxados nas situações de estresse.

Corrida, Yoga e Ayurveda
 


Dr. John Douillard e ex-atleta de ironmen e hoje pratica ayurveda, e quiropraxia na medicina esportiva. Sua abordagem de bem estar e saúde e baseada nessa medicina de 5mil anos atrás que fala de integração de mente, corpo, respiração, conforto e dinamismo dessas atividades coexistentes no silencio. Na opinião de Duillards a yoga e a forma mais completa de levar a essa integração. “Quando “correndo os atletas referem-se a “estar na zona” ou a sensação de” runners high”. Nesse estado a mente chega num ponto de ondas alfa que freqüentemente estão presentes na meditação.
 
O método de Duillard é levar seus seguidores a essa sensação em cada corrida.
Douillard propõe que se atinja essa zona de conforto no inicio de sua atividade e possa estender essa sensação para mais tempo. A sugestão e iniciar com saudações ao sol para corrigir e equanimizar as respirações e cultivar o equilíbrio de mente, corpo respiração. Com 30min de saudações ao sol o corredor já chega a atingir um padrão de respiração nasal apropriado e aquecer seus músculos.
 
Dessa forma no inicio dos 30 min. de corrida o corredor não se perde tentando achar a sua respiração, e após a corrida terminar com saudações ao sol pode-se treinar a levar o estado alfa no dia a dia.
Outro aspecto da auyrveda que Dr. Douillard usa são os princípios ayurvedico de vatta, Pitta e kapha que desenvolvem programas de exercícios apropriados para pessoas com biótipos diferentes e encaixam eles num processo descontraído. Por exemplo, os que têm vatta predominando acabam trinando alem de suas possibilidades; os Pitta são altamente competitivos e atem-se mais as metas finais que aos processos e kapha pode ter falta de motivação. A meta e manter o processo desfrutável sem perder-se nos resultados finais.

Corrida também é Yoga?
 
Por causa das lesões atribuídas nas corridas dizem que yoga é muito bom ais corredores, mas que a corrida não é boa para o yoga. Alguns instrutores de yoga pedem para que abandonem a corrida inclusive.
Matthew Reyes não concorda com o ponto de vista da anti-corrida. Reyes é um professor no estúdio Maha em Brentwood e mentor da LA Leggers , grupo de corredores de elite de performance de 7,5 milhas por minuto.
 
Ele também ensina tênis, pratica softball 2 vezes na semana e também treina musculação para a parte superior do corpo. Para ele yoga eh uma fatia da torta, mas ele também se delicia com inúmeras outras atividades. Ele menciona que a yoga e a fortaleza que trabalha mente e corpo em conjunto que pode levar ele a desfrutar por mais tempo das demais fatias da torta. Reyes encoraja seguidores a partilharem os treinos de corrida com a yoga numa razão por exemplo de 60:40.Ele vê muita coisa boa advinda do condicionamento da corrida e da abertura da yoga.
 
A corrida cultiva forca cardiovascular e a yoga ensina e cultivarmos o controle desse coração através da respiração. Sobre o julgamento que ocorre sobre os corredores ele avisa que depende do seu objetivo: se for colocar a perna atrás da cabeça a yoga não ajudara em nada.
O belo consiste em tornarmo-nos pessoas mais equilibradas e iluminadas como um Ser integro. Ele não imagina o porquê de yogues tão flexíveis mantém a mente tão dura em relação à opção dos corredores.
Isso evoca a pergunta: correr e yoga? Shiva Rea não considera a corrida como algo separado de sua pratica de yoga.
Ela corre nas montanhas próximas de Malibu algumas vezes na semana para cultivar a sua histamina e circulação. A respiração mais acelerada combina com a pratica de pranayama e expulsa o ar com forca num processo também purificador e de foco. Ela coloca isso como o treino da peregrina que aumenta a estatina e a forca para a jornada da vida peregrina. Mas a parte mais gostosa é poder estar num ambiente livre e comungando com o meio da natureza.
Um yogue serio leva a sua pratica para fora de seu mat a todos os setores de sua vida. No caso dos monges da maratona, talvez após esses 7 anos de prova eles não tenham a intenção de fazer outra coisa que não seja silenciar e meditar. Enquanto os yogues falam dos corredores mais e mais yogue estão engrossando a lista de pessoas com lesões de todas as naturezas. Ambos podem aproveitar mais as suas praticas focando internamente nas suas respirações, sentimentos e emoções e menos no corredor a frente e mat ao lado.
“O homem sábio deixa tudo ir
Resultados bons s eruins
E foca-se na ação apenas
Yoga e ação consciente” , Bhagavad Gita 


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