quarta-feira, 30 de março de 2016

Quando mudar a rotina da prática de Asanas / Yogaterapia - Post 4

Salve amigos, mais um post quentinho para refletir sobre a seguinte questão, quando mudar a rotina da prática de asanas no Yoga.

Boas práticas!

Certa vez me peguei no seguinte questionamento após uma aula de asanas de Yoga, por que sempre realizar os mesmos Asanas? está foi uma pergunta que me assombrou por alguns bons meses, e volta e meia quando eu praticava a mesma sequência todos os dias, a mesma pergunta surgia na minha mente.

Os argumentos apresentados pelos professores eram sempre fortes, como por exemplo "quanto mais você realizar o mesmo asana, mais você vai descobrir de si mesmo", ou "repetir o mesmo asana trabalha a disciplina e é necessário", ou ainda "assim que você tiver proficiência nesta sequência você poderá evoluir para outra sequência", sem contar outros argumentos mais fracos que usavam versos fora do contexto de um texto clássico e eram levados ao pé da letra.

O ponto de vista que quero apresentar aqui, é com base no estudo da Yogaterapia e como ela pode em si auxiliar na qualidade de vida do praticante, entenda que não quero dizer que realizando a prática de tal maneira o individuo não vai entrar em um estado de Yoga, não é isso, no ocidente e cada vez mais no oriente vemos que o valor dado aos asanas, praticamente tornou esta palavra um sinônimo de Yoga, o que não é. 

E por que estou pegando este tema? bom, a prática de Asanas pode ser um instrumento muito eficaz usado para se conquistar o estado de Yoga, porém ela também (por falta de conhecimento) pode ser usada para afasta-la ainda mais deste estado. Quando você adota um padrão corporal onde diariamente realiza de forma sagrada sempre uma mesma sequência de posturas, você pode e muito provavelmente vai criar um novo padrão postural, em um primeiro momento avaliando a necessidade do aluno, pode ser que ele realmente precise executar diariamente esta mesma sequência, porém com o tempo o corpo começar a dar sinais de que este tipo de hábito poderá gerar um dano físico. Mas como posso identificar estes sinais, e quais são eles? 

A primeira coisa que você deve fazer é manter o diálogo com seu professor, falar sobre o que você sente durante a prática de asanas, a partir dai observar em si mesmo, se houve mudança no seu estado de humor, se você se sente mais cansado, se existe alguma dor nova no corpo. Observar a si é importante para que você possa administrar melhor o que você faz em aula e na vida. 

Mas por que estes sinais aparecem? o corpo é composto de uma estrutura muscular, visceral, neural, óssea/articular, está estrutura vai precisar de tempo para recuperação após uma prática de asanas, (lembre-se você esta usando o corpo) este tempo de recuperação poderá variar de um aluno para outro, a constituição física, os hábitos alimentares e a rotina diária vão influenciar no tempo de recuperação, quando você em detrimento da sequência de asanas nega estes sinais, o corpo vai enviar sinais de alerta, geralmente iniciando com cansaço e mudança de humor, porém não estranhe se a lesão vier antes. Neste caso entra o bom senso, a hora de repensar o que você faz na sua pática de asanas, e o que você no seu dia a dia, tudo está relacionado, e este é o maior exercício que você vai estar fazendo na sua prática de Yoga, pois olhar para si, envolve muita força de vontade.

Praticar asanas envolve uma maestria, uma disciplina, selecionar os asanas envolve conhecimento e sensibilidade.
O corpo humano é um instrumento fantástico, por sua complexidade podemos ver que existem inúmeras possibilidades, o que o torna um instrumento sagrado e ao mesmo tempo misterioso na jornada de autoconhecimento. 
Após observar os sinais que o corpo apresenta é conveniente tomar as medidas necessárias para que o asana não gere sofrimento, neste caso somente um professor qualificado poderá lhe guiar de forma segura, é necessário este contato com o professor por mais que você queira praticar asana sozinho, um professor treinado tanto na Yogaterapia, como no estudo da fisiologia e dos clássicos poderá orienta-lo melhor no processo de cura, quero reforçar que conheço muitos professores e praticantes que tem este olhar de prevenção, a Yogaterapia esta lá na prática, embora não seja apresentada como uma prática de Yogaterapia. 

Luz e paz a todos!

Leonardo dos Santos




sábado, 26 de março de 2016

Inhame na Medicina Tradicional Chinesa - Post 1 / MTC

Falando um pouco sobre alimentação com a ótica da medicina chinesa, quero compartilhar com vocês um pouco do estudo que costumo realizar, neste post em especial quero falar sobre o Inhame, espero que desfrutem deste texto assim como eu estou desfrutando em compartilha-lo com vocês.

O Inhame é também conhecido pelo seguintes nomes:

Latin: Rhizoma Dioscoreae
Pinyin:  山药 / Shānyào
Nome científico: Dioscorea opposita



faz parte de uma família de plantas conhecidas como Dioscoreae (dioscoreae é um gênero de plantas com mais de 600 espécies, originário de regiões tropicais e subtropicais de ambos hemisférios), na medicina chinesa as propriedades terapêuticas do inhame podem ser obtidas crua ou cozida.

O inhame possui uma natureza neutra, sabor doce e tem ações terapêuticas principalmente no baço, pulmões e meridianos dos rins, além disso o Inhame pode restabelecer o Qi, fortalecer o yin, o baço, pulmões, rins e diminuir o desgaste da energia essencial.

Entre as principais características que podemos apontar sobre os efeitos do inhame no sistema energético do corpo é que ele restabelece a produção do Qi e revigora a função do Baço, pode ser usado associado a ervas medicinais, sozinho ou como tônico, no caso de deficiência do baço,o inhame age da seguinte forma:


  • Alivia fraqueza geral;
  • Falta de apetite;
  • Diarreia;
O inhame também restabelece o qi dos pulmões, no caso de deficiência do qi dos pulmões o inhame pode auxiliar nos seguintes casos:

  • Fraqueza geral;
  • Voz fraca;

Fortalece o yin do pulmão e do rim, toda a estrutura física do corpo é mantido pelo yin, pode ser usado para:

  • Diabetes;
  • Diabetes insipidus;
  • hipertireoidismo;

Reforça as funções dos rins e do baço;

IMPORTANTE:

Embora algumas pesquisas apontem que o inhame não possui concentrações de ácido oxálico que podem gerar dano ao organismo, convém salientar que o bom senso pode ser tomado no seu consumo. O ácido oxálico esta ligado ao surgimento de cálculos renais, além disso pode atrapalhar na absorção de cálcio e outros nutrientes essências ao organismo.

Vale ressaltar que todas as informações neste post dizem respeito ao inhame chinês, devemos levar em consideração que diferentes solos podem resultar num produto final com concentrações diferentes, sem contar os produtos utilizados para combater as pragas que quer queira ou não também alteram  produto.

Luz e paz a todos

Leonardo dos Santos

Referências:

http://old.tcmwiki.com/wiki/shan-yao
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_ox%C3%A1lico
KAESTNER, Joerg, Chinese Nutrition Therapy Dietetics in Traditional Chinese Medicine

sexta-feira, 25 de março de 2016

O uso dos ajustes na Yogaterapia - Post 3

Neste post vamos discutir um tipo de técnica que é muito aplicada na Yogaterapia, que é o ajuste.

Mas o que entendemos como ajuste? para explicar melhor, gostaria de dividir a aplicação dos ajustes de duas formas, uma o ajuste manual e outra o ajuste verbal. Para a execução do ajuste manual existe a necessidade do toque no aluno, o ajuste pode ser realizado com as mãos, e em alguns casos com os pés, já o ajuste verbal vem carregado de comandos que vão orientar o aluno a uma postura. além disto podemos junto com o ajuste manual e verbal fazer o uso de acessórios como cintos, cadeiras, blocos, parede, pesos, e o que mais estiver a disponibilidade do professor.

E o porque de tudo isto? na prática de Yogaterapia, como havia comentado no Post 2 - O que é Yogaterapia (link: http://movimentoconscientepoa.blogspot.com.br/2016/03/o-que-e-yogaterapia-post-2.html), cito que "Yogaterapia em si, é usada com o intuito de eliminar, atenuar ou mesmo diminuir os sintomas causados pelo sofrimento."  ou seja, como terapeuta, tenho que me preocupar em não gerar mais stress para um corpo que ja vem carregado de sofrimento, e neste caso em especial, tudo que eu puder utilizar durante a prática para que o aluno possa executar uma postura, ou uma técnica com segurança, eu vou usar.

Claro que para aplicar um ajuste não basta que o terapeuta somente oriente a execução de uma postura ou mesmo toque de qualquer maneira no aluno, em primeiro lugar para aqueles que querem fazer o uso desta técnica devem nutrir um interesse pelo estudo da anatomia, fisiologia e patologia, muitos destes conhecimentos podem ser obtidos através de cursos especializados para professores de Yoga, e que abordem Anatomia Humana, a partir dai estudar os efeitos dos asanas, pranayamas e meditação na fisiologia humana (estas são somente algumas técnicas utilizadas), este conhecimento de anatomia também pode ser adquirido em cursos de ayurveda e massagem, e vão oferecer uma base tanto da "fisiologia sutil" como da fisiologia médica.

O por que de todo este conhecimento que em nada tem a ver com o Yoga tradicional? bom não é raro encontrar cada vez mais praticantes de Yoga se lesionando em aulas de "asanas", muitas dessas lesões não ocorrem somente por que o aluno não tem conhecimento do corpo, mas principalmente por que os professores que os instruem não possuem o conhecimento necessário para guia-los com segurança, muitas vezes aplicando alavancas fortes, trações e compressões quando não deveriam ser aplicadas. O mais triste de tudo isso é ver que muitos desses professores (que colocam métodos a frente da individualidade do aluno) transferem a responsabilidade para o aluno, que o mesmo não ouve, que não senti o próprio corpo, mas eles esquecem que este mesmo aluno vem buscar luz, ele quer conhecer a si, optou pelo trabalho através do corpo para curar um padrão físico ou emocional, e no mínimo, aquele que ensina deve guia-lo a este conhecimento. 

Portanto para que o terapeuta possa realizar os ajustes é fundamental que ele tenha o conhecimento técnico e a sensibilidade para definir qual o melhor momento para aplicar ou não uma determinada técnica, isto não fará do professor "menos tradicional", mas vai preparar o professor ou futuro professor para lidar com mais ética e segurança com o aluno, que na maioria das vezes, só quer mais qualidade para viver sua própria vida.

Luz e paz a todos!

Leonardo dos Santos e Verônica Guarnieri



quinta-feira, 24 de março de 2016

O que é Yogaterapia? Post 2

Neste post quero compartilhar um pouco do nosso sentimento com relação a prática de Yogaterapia que vai muito além de uma definição técnica.

Yoga é uma ciência que esta e sempre esteve com toda a humanidade, em determinado momento, o ser humano cria uma dissociação, o que ele não é passa a fazer parte de algo que ele acredita que é, a partir dai surge um dos maiores problemas da humanidade, a ignorância, um tipo de sentimento que nasce a partir desta dependência na relação do ser humano com o universo externo. Com a ignorância já esta instalada, diversos sentimentos nascem, sentimentos que não devem ser negados, mas sim compreendidos, essa compreensão se dá através de um auto-estudo profundo sem negar qualquer detalhe.

O conhecimento que sustenta o Yoga esta descrito nos Vedas e Upanishads, e ao longo do tempo vem servindo de base para o surgimento de muitas escolas de pensamento na India.

A tradição também diz que os principais sintomas que surgem da ignorância, também afetam o corpo físico, manifestando-se na forma de doenças (essas doenças também possuem sintomas), que podem e devem ser eliminados através do cultivo da saúde.

"um corpo doente, um corpo que sofre, não é um corpo que permite que seu espirito encontre paz" 

a prática de Yogaterapia em si, é usada com o intuito de eliminar, atenuar ou mesmo diminuir os sintomas causados pelo sofrimento. A Yogaterapia neste sentido é um forte auxiliar para o desenvolvimento do ser humano, suas práticas devem ser utilizadas com critério (saber quando usar uma invertida, ou quando realizar retenções respiratórias, são elementos necessários para que a prática no futuro não gere mais problemas ao corpo).

Qualquer um que se disponibilize a estudar a Yogaterapia, deve ter força de vontade para manter os estudos regulares, manter a prática pessoal regular, discernimento para o que usar em prática e quando usar, e conhecimento daquilo que ensina, fazer asana não faz do Yogaterapeuta um bom terapeuta.

Luz e paz a todos!
Leonardo dos Santos

quarta-feira, 23 de março de 2016

Hérnia de disco e Yogaterapia - Post 1

Certa vez um aluno (vou chamar ele de "M") fez o seguinte questionamento.

"tenho hérnia de disco, a nível de L3/L4, L4/L5 e L5 e S1, meu médico recomendou que eu não praticasse mais Yoga, pois poderia agravar o problema, o que me deixou muito incomodado, pois me sinto muito bem na prática, será que tem outra maneira de eu realizar as posturas?"

Quando ouvi o  questionamento realizado por "M", comentei para ele, que mesmo parado as chances da lesão se agravar seriam muito grandes, e que  por isso não precisaria deixar de realizar a prática. Neste caso deixar a prática de Yoga não seria uma opção, porém ele deveria aprender a conviver com seu próprio corpo que, agora estava machucado, que certamente já não teria a mesma eficiência que antes e acima de tudo deveria ser respeitado (neste caso não da para fazer o que se fazia antes).

Após realizada nossa primeira conversa sugeri que investigássemos a possível causa da lesão, como já o conhecia, sabia de algumas limitações físicas principalmente localizadas na cadeia muscular posterior de membros inferiores, que poderia indicar uma forte ligação com o surgimento da lesão na região lombar, além disso a função que ele exercia (no caso TI) indicava (e também confirmado por ele) que trabalhava muitas horas sentado. 

Outros elementos foram levantados durante a investigação. Com as primeiras informações que ele havia me passado, começamos a trabalhar de uma forma que sua prática, criasse espaço no corpo (corpo este que passava horas do dia fechado), este tipo de atitude postural concentrava parte das forças, justamente na região baixa da coluna lombar, depois de criar este espaço, trabalhar a força necessária para sustentar as estruturas musculares (parte destas estruturas estavam tensas, outras sem tônus de sustentação), sempre priorizando o trabalho da inteligência corporal, com comandos precisos e específicos para o caso dele.


A prática de Yoga geralmente pode vir a ser generalizada pela comunidade cientifica, neste caso devemos buscar compreender o foco da prática que esta sendo realizada, o ideal até mesmo de acordo com a tradição é que as aulas fossem conduzidas individualmente, mas fatores relacionados aos custos (tanto para os professores como para os alunos) podem acabar pesando, mesmo as aulas em grupo não deveriam priorizar malabarismos, até por que nem sempre o professor (figura responsável pelo que ensina) pode estar atento a tudo que ocorre no corpo do aluno, neste caso o mais interessante seriam as aulas que priorizem o conhecimento do corpo através de movimentos simples, sukshma vyayam, pranayamas, técnicas que trabalhem a concentração e conduzam a meditação, posturas restaurativas, ou um numero menor de posturas que permitem um aprofundamento nas ações que são criadas durante a sua execução, neste caso repetir as posturas algumas vezes pode ser muito interessante.

No caso de uma pessoa que traz uma história de lesão (hérnia de disco), sempre ficar atento aos sinais que aluno apresenta, a forma como se movimenta, a forma como respira, os movimentos faciais, tudo isto pode indicar que a prática pode estar sendo forte de mais. 

No mais, sim a prática de Yoga pode ser realizada e deve ser adaptada em cada momento da vida, e quanto mais pudermos compartilhar que a prática de Yoga é muito mais do que aparece em revistas especializadas ou em videos no Youtube, certamente não somente a comunidade médica (no geral) mas a comunidade científica, terão uma grande aliada no combate as lesões funcionais, traumáticas ou hereditárias, seja como uma pratica que possa vir a favorecer a qualidade do movimento, ou mesmo uma prática que pode melhor o padrão mental da pessoa que a realiza.

Luz e paz  a todos!

Leonardo dos Santos

Terminologia generale - Parte 2

In questo post continuiamo con lo studio della terminologia anatomica.

Buoni studi!


Leonardo dos Santos


Mediale/laterale: più vicino o più lontano dal piano sagitalle mediano.


Frontale: situato nel piano frontale o anche verso la fronte, il piano frontali sono orientati perpendicolarmente a quelli sagittali, e dividono il corpo in una porzione anteriore e una posteriore.



Esempio: l'osso sterno e frontale a cuore

Longitudinale: paralelo all'asse maggiore del corpo o di un organo


Sagittale: situato in un piano sagittale (mediano o paramediano)



Esempio: sutura sagittale

Transversale: situato perpendicolarmente all'asse maggiore dell corpo o di un organo. I piano transversale sono orientati ad angolo reto.



Esempio: il piano transversale diviso il corpo in una porzione superiore e una inferiore.

Transverso: che decorre transversalmente, sinonimi di transversale



Esempio: processo transverso di una vertebra lombare




Riferimenti:

http://www.dartmouth.edu/~humananatomy/figures/chapter_1/1_1.HTM

Netter Frank H, Atlante di anatomia umana

sexta-feira, 18 de março de 2016

Terminologia generale - parte 1



Alcuni termini comuni presenti in letteratura, e portano luce per lo studio dell'anatomia.

Buoni studi!


Leonardo dos Santos

Anteriore/posteriore: più vacino alla superficie anteriore o posteriore del corpo.


Ventrale/dorsale:
sinonimi di anteriore/posteriore




Ex L'addome è il ventrale, i muscoli lombare sono dorsale
Superiore/inferiore: più vicino alla estremita superiore o inferiore del corpo.



Ex: La testa è superiore a collo
Craniale/caudale: più vicino alla testa o alla coda, puó anche essere chiamato superiore/inferiore

Destro/Sinistra


Ex: piede destro, mano sinistra
Superficiale/profondo: più vicino o più lontano dalla superficie del corpo



Ex: La pielle è superficiale al cuore
Medio o intermedio: situato tra due altre strutture simili;



Ex: il osso cuneiforme intermedio
Mediano: situato lungo la linea mediana, il piano sagittale o mediano, divide il corpo in due metà uguali (destro e sinistro)


Ex: il cuore si trova in la linea mediana